Exercício 1 – Inconfidência Mineira
(...) Nas últimas décadas do século XVIII, a sociedade
mineira entrará em uma fase de declínio,
marcada pela queda contínua da produção de ouro e pelas medidas da Coroa no
sentido de garantir a arrecadação do quinto.
Se examinarmos um pouco a história pessoal dos inconfidentes,
veremos que tinham também razões específicas de descontentamento. Em sua grande
maioria, eles constituíam um grupo da elite colonial, formado por mineradores, fazendeiros,
padres envolvidos em negócios, funcionários, advogados de prestígio e uma alta patente
militar, o comandante dos Dragões
[Regimento do Exército], Francisco de
Paula Freire de Andrade. Todos eles
tinham vínculos com as autoridades coloniais na capitania e, em alguns casos
(...) ocupavam cargos na magistratura.
José Joaquim da
Silva Xavier constituía, em parte, uma exceção. Desfavorecido pela
morte prematura dos pais, que deixaram sete filhos, perderá
suas propriedades por dívidas e tentara
sem êxito o comércio. Em 1775, entrou na carreira militar, no posto de alferes,
no grau inicial do quadro de oficiais. Nas
horas vagas, exercia o ofício de dentista, de onde veio o
apelido de algo depreciativo de Tiradentes.
FAUSTO, Boris. História do Brasil. São Paulo:
Edusp, 2001. p. 115.
Questões:
a. Como estava Minas Gerais nas últimas décadas do XVIII?
b. Quem eram os inconfidentes? Qual a diferença de Tiradentes para os outros?
Exercício 2 – Conjuração Baiana
Essa tipologia considera as seguintes “classes de réus” com culpabilidade decrescente: primeira classe: os principais cabeças da sedição; segunda classe: os aderentes “que prestaram seu consentimento e convidaram várias pessoas”; terceira classe: os eventuais participantes de reuniões de caráter sedicioso e que não os denunciaram às autoridades; quarta classe: os que convidados para esses eventos ou por qualquer meio sabedores destes, ainda que não aceitassem participar deles e fossem contrários ao que se pretendia, por não relatarem o que era de seu conhecimento (ou suspeição) não cumpriram com a “mais essencial obrigação de um vassalo”, por qualquer motivo que fosse.
JANCSÓ, Istvan. Na Bahia, contra o Império. São Paulo: Hucitec, 1996, p.151-152.
As punições atribuídas a
cada grupo foram: os réus da primeira classe deveriam ser enforcados e
esquartejados; os da segunda classe seriam degredados; os da terceira deveriam
ser presos e os da quarta seriam absolvidos. Eis o quadro das condenações:
Pena |
Pardos e negros |
Brancos |
Morte |
5 |
0 |
Degredo |
9 |
2 |
Prisão |
0 |
4 |
Absolvição |
7 |
5 |
Total |
21 |
11 |
Analisando os dados,
responda:
a. Com base nos dados da tabela, pode-se considerar que a Conjuração Baiana representava os interesses de um único grupo social? Por que?
b. Qual a proporção de pardos e negros entre os participantes do movimento?
c. Qual a proporção dos brancos absolvidos? E dos réus de cor parda ou negra absolvidos?
d. Apesar de vários setores da sociedade baiana terem participado da Conjuração, até como lideranças, apenas os réus que não eram brancos foram condenados à morte. Como você explicaria isso?
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