O fator que definitivamente fez pender o equilíbrio de forças na África, nos anos 1870, foi a qualidade e a quantidade das armas de fogo. Quem controlasse as armas e as munições, tinha vantagem.
A situação em relação ao continente tenderia a permanecer incerta até que os europeus buscassem separadamente satisfazer os seus interesses nacionais, e os chefes de Estado africanos pudessem jogar as potências umas contra as outras. Portanto, era essencial submeter a partilha da África a certas regras baseadas em acordos internacionais e, muito especialmente, limitar o fornecimento de armas e munições aos africanos.
Assim, o primeiro-ministro alemão, Otto von Bismarck, aproveitando-se das rivalidades intra-europeias, sobretudo entre britânicos e franceses, e buscando aumentar a presença alemã no continente, convocou uma Conferência Internacional em Berlim, no final de 1884 e início de 1885.
Alemanha e França, de forma conjunta, decidiram quais seriam os três objetivos dos debates na Conferência: que iriam nortear os debates em Berlim: a liberdade de comércio na bacia e no estuário do rio Congo; a liberdade de navegação nos rios Congo e Níger; e as formalidades que deveriam ser cumpridas para que novas ocupações na costa da África fossem consideradas efetivas.
Baseado em: SILVÉRIO, Válter Roberto. Síntese da Coleção História Geral da África. V.2. Brasília: MEC/Unesco/UFSCar, 2013, p.336-337.
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