Eu, Raimundo Gomes, também conhecido como Cara Preta, não liderei esta revolta sozinho. Foram vários grupos que participaram do movimento, e cada um tinha o seu líder.
Eu e Manoel dos Anjos Ferreira, vulgo
Balaio, fomos os líderes do grupo dos balaios. Balaio era o cesto típico
existente na nossa província. Éramos sertanejos, uma população pobre que sofria
com a pobreza e a expropriação de suas terras. Muitas vezes éramos recrutados
de forma forçada para o exército, o que motivou o início da revolta.
Já o jornalista Lívio Castelo Branco
era o líder do grupo dos bem-te-vis, que sofreu com as medidas centralizadoras
do final do Período Regencial, em especial a nomeação dos prefeitos pelo
presidente da província, que era cabano.
Já os escravos, é claro, buscavam sua
liberdade. Eram liderados por Cosme Bento das Chagas, o Negro Cosme.
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