Em 1835, Salvador, capital da Bahia,
tinha cerca de 65 mil habitantes. Destes, cerca de 26 mil eram escravizados, ou
seja, cerca de 40% da população. Trabalhávamos em todas as atividades, das mais
leves às mais pesadas, nas casas ou no campo. Muitos de nós não éramos nascidos
no Brasil: viemos, a contragosto, da África Ocidental, região que hoje é
Nigéria, Benin e Gana, escrevíamos e líamos em árabe e éramos muçulmanos. Não
compactuávamos com o que acontecia nessas terras, e com as estratégias que eram
utilizados pelos escravizados nascidos no Brasil para conseguir a liberdade. E
por isso decidimos nos revoltar.
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