Uma série de questões antecederam a Guerra dos Farrapos. Boa parte delas
foi detonada pela independência do Uruguai, após a Guerra da Cisplatina
(1825-1828).
Com o acordo para a independência uruguaia, foram estabelecidos impostos
baixos para a importação do charque uruguaio para o Brasil. No entanto, estes
impostos eram menores que os pagos internamente pelos charqueadores do Rio
Grande do Sul. Os estancieiros e charqueadores buscavam a reversão disso.
Outro ponto em que a independência do Uruguai afetou a elite
sul-rio-grandense foi na questão dos tributos. Os estancieiros gaúchos tinham
terras dos dois lados da fronteira. Engordavam o gado do outro lado, que tinha
melhores pastagens, e o vendiam aqui. Agora, para passar pela fronteira,
precisavam pagar imposto, o que os enfureceu.
Os impostos pagos pela província não voltavam para suas necessidades da província.
As dívidas de guerra referentes à Guerra
da Cisplatina (1825-1828) estavam sendo cobrados da província.
A falta de representação e de atendimento das demandas por parte do
governo central, somado ao clima político efervescente na província, dominada
pelos farroupilhas, contribuiu para o levante militar, que desembocou,
posteriormente, na proclamação da República.
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