Assim, passei a examinar o sangue
de animais no laboratório que montei junto ao canteiro de obras da ferrovia.
Ali, achei uma espécie de protozoário, a qual denominei de Trypanosoma cruzi, dentro do intestino do barbeiro. Como meu
laboratório era precário, enviei alguns barbeiros para o Rio de Janeiro, para
que Osvaldo Cruz os analisasse. Lá, ele colocou os barbeiros para picar macacos
de laboratório. Um mês depois, já eu estando na capital, os macacos estavam com
o protozoário. Voltei a Lassance e como sabia que o barbeiro estava nas casas
das pessoas, pela maioria das casas serem de barro, comecei a analisar o sangue
das pessoas. No dia 23 de abril de 1909, identifiquei o protozoário em uma
menina de dois anos, chamada Berenice, que tinha febre, anemia e inchaço no
miocárdio.
Blog destinado às atividades com QR Code na disciplina de História no IFRS Campus Veranópolis
7.5.22
Carlos Chagas
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