Aladim
seguiu o roteiro traçado e chegou até a lâmpada que o tio descrevera. Apanhou-a, escondeu-a na roupa e tomou o caminho da
volta. Mas ao passar pelo jardim, reparou
que as frutas penduradas nas árvores eram, na realidade, pedras de vidro
colorido muito vistosas. Recolheu uma
enorme quantidade delas, segurando-as de todos os modos até parecer um asno carregado. Quando voltou ao buraco
inicial, o mouro perguntou-lhe: "Onde está a lâmpada?" - Está comigo. - Dá-me
imediatamente. - Como posso fazê-lo? Está entre as mil frutas que apanhei nas árvores. Ajuda-me,
primeiro, a sair daqui. Mas o dervixe, receando que Aladim tivesse descoberto o segredo da lâmpada e
pretendesse guardá-la para si mesmo, e
sendo ele próprio impedido pela magia de descer naquele buraco, perdeu a cabeça
e gritou com uma voz terrível:
"Filho de cachorro, entrega-me a lâmpada ou morre."
– Ajuda-me, primeiro, a sair daqui, insistiu
Aladim. Irritado, o mouro pronunciou palavras
mágicas que fizeram a placa de mármore tapar novamente a entrada do subterrâneo, pensando ter assim condenado Aladim a morrer sufocado naquele buraco. E espumando em convulsões, foi-se de volta para a África, sua terra.
mágicas que fizeram a placa de mármore tapar novamente a entrada do subterrâneo, pensando ter assim condenado Aladim a morrer sufocado naquele buraco. E espumando em convulsões, foi-se de volta para a África, sua terra.
Mas
aconteceu que esfregou, sem saber como, o anel que lhe fora
colocado no dedo pelo mágico. Imediatamente, um Afrit, negro e alto, materializou-se
à sua frente, dizendo: "Sou o mestre da terra e das ondas, mas escravo do anel e do dono do
anel. Que desejas, meu amo?" Aladim dominou seu terror e disse: "Ó mestre da terra e
das ondas, tira-me desta caverna."
Imediatamente, a terra abriu-se e Aladim achou-se fora do buraco, em pleno sol. Viu à distância sua cidade natal e voltou rápido para casa e contou sua aventura à mãe. Sentindo fome e não havendo nada em casa para comer, deliberou com a mãe vender a lâmpada que trouxera da caverna e comprar mantimentos. Mas assim que a mãe esfregou a lâmpada para limpá-la, um enorme Afrit apareceu, dizendo: "Sou o mestre da terra, ar e mar, mas o escravo da lâmpada e do dono da lâmpada. Que queres de mim, meu amo?" Aladim respondeu: "Estou com fome. Traze-me um excelente repasto." O gênio desapareceu e reapareceu um momento depois, carregando uma bandeja de prata maciça com doze pratos de ouro contendo as comidas mais variadas e deliciosas. Quando, no dia seguinte, Aladim quis chamar o gênio de novo, sua mãe disse-lhe: "Morrerei de medo se chamares os gênios da lâmpada e do anel outra vez. Detesto a magia e aconselho-te jogar fora este anel e esta lâmpada." Então, Aladim. passou a vender os pratos de ouro e as pedras que trouxera do subterrâneo e ficou rico, escondendo o dinheiro de sua mãe.
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