Conta-se,
ó rei afortunado, que viviam antigamente, numa das cidades da Pérsia, dois
irmãos chamados Kassem e Ali-Baba. Quando seu pai morreu,
herdaram o pouco que tinha, gastaram-no e, breve, acharam-se numa completa
indigência. Kassem resolveu seu problema casando-se com uma donzela que possuía casa, comida e beleza.
Ali-Baba, destituído de ambição, fez-se lenhador e, graças a seu empenho e parcimônia,
conseguiu comprar sucessivamente três burros, que usava para transportar a lenha que cortava
na floresta e vendia no mercado. Certo dia, enquanto se preparava para carregar os asnos,
ouviu como o tropel de um exército. Não sabendo o que era e receando o pior, trepou numa
árvore e se escondeu na sua ramagem. De lá, avistou um grupo de cavaleiros armados que
avançavam para o lado onde ele estava. Vendo-os de perto com seu aspecto feroz, Ali-Baba
concluiu que eram salteadores e ladrões. Contou-os. Eram exatamente quarenta. A um sinal de seu
chefe, os homens pararam e apearam.
Cada
um pegou o que tinham e, juntos, andaram até um grande rochedo. O chefe adiantou-se e, dirigindo-se ao rochedo,
gritou: "Abre-te, Sésamo!” Imediatamente, o rochedo abriu-se em dois, dando acesso a uma gruta
interna. Os ladrões entraram, e lá dentro, o chefe gritou de novo: "Fecha-te Sésamo!" E
o rochedo se fechou. Pasmo, Ali-Baba decidiu permanecer no seu esconderijo até ver o que os
quarenta homens fariam depois. Breve, a rocha
abriu-se, e os quarenta ladrões saíram, carregando seus alforjes vazios,
montaram nos cavalos e foram embora.
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