Após
esperar um tempo suficiente, Ali-Baba desceu da árvore e, levado por uma curiosidade que transformava sua
pusilanimidade habitual em audácia, foi até o rochedo e bradou: Abre-te, Sésamo!" E a rocha
abriu-se. Viu uma extensa galeria que levava a uma sala espaçosa, iluminada por
fendas no teto. Entrou e achou-se diante de tantos
tesouros acumulados. Passado
o primeiro susto, Ali-Baba encheu três sacos grandes de lingotes e moedas de
ouro, carregou-os sobre seus três
burros e foi para casa. Encontrando a porta fechada, gritou: Abre-te,
Sésamo!" E a porta abriu-se. Diante dos enormes sacos cheios de ouro, a
mulher de Ali-Baba concluiu que ele se tinha associado a uma quadrilha de
ladrões. Mas Ali-Baba, após despejar
todo o ouro dos sacos no seu pequeno quarto, contou à mulher de onde vinha esse ouro. A mulher passou da
revolta à alegria e quis contar as moedas e os lingotes. Objetou Ali-Baba: Ajuda-me, antes, a cavar
um poço no chão da cozinha para esconder
este ouro.
Então,
foi pedir a esposa de Kassem uma rasa, instrumento de medição. Esta,
desconfiada por conta da pobreza de sua cunhada, armou uma peça e colocou sebo
no fundo da medida, e a entregou. Ali Babá contou tudo o que havia pegado, mas
não percebeu o truque de sua cunhada, e uma das moedas de ouro ficou grudada na
rasa. Então, Kassem foi a seu irmão e o ofendeu asperamente. Ali Babá, então,
propôs dividir o que havia pego pela metade; não satisfeito, Kassem o pressionou
e Ali contou como entrava e saia da caverna.
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